Na segunda-feira passada, foi anunciado o lançamento do Carnaval, o inovador mercado NFT que será o primeiro do mundo a ser protegido com bitcoin, a criptomoeda mais reconhecida em todo o mundo, e que é focada em artistas ibero-americanos.
O projeto surge da parceria da Rootstock, um ecossistema de código aberto que aproveita a estrutura segura de blockchains BTC para realizar contratos inteligentes e aplicativos descentralizados, e a RSK Infrastructure, uma empresa líder que usa o poderoso ecossistema bitcoin para lançar o novo O marketplace abre as comportas para o lançamento de mais projetos NFT baseados em BTC.
O Carnaval não só permitirá que os compradores adquiram obras de arte garantidas em BTC, mas também permitirá que artistas ibero-americanos minem seus NFTs em bitcoin. De acordo com o site Nftgator, um NFT (token não fungível) é um tipo especial de criptoativo exclusivo, impossível de falsificar ou repetir, o que impulsiona seu valor.
Portanto, mesmo que dois NFTs representem o mesmo arquivo digital e tenham aparência idêntica, suas diferentes propriedades de cadeia permitirão que sejam diferenciados e o original identificado. Obviamente, esses recursos são ideais para uso no mundo da arte, permitindo que designers, artistas e criadores carimbem digitalmente seus trabalhos e verifiquem sua originalidade.
Connie Ansaldi, a renomada ex-apresentadora de televisão, que há alguns anos deu uma guinada profissional com foco no mundo da tecnologia, coaching e consultoria de negócios, é a CEO e uma das fundadoras do Carnaval, juntamente com Gus Balbontin, Diego Gutiérrez Zaldivar e Adrián Garelik.
“O diferencial que temos no Carnaval é que somos o primeiro mercado de NFT da América Latina protegido na rede bitcoin. Nosso compromisso é com os artistas da região, para ajudá-los a ter controle sobre seus trabalhos e capitalizá-los”, disse Ansaldi à Infobae.
A plataforma será lançada oficialmente em 5 de abril em Miami como parte do Supermoon Camp 2022, o evento mais importante do mundo que reunirá inovadores e entusiastas de blockchain que estão impulsionando a adoção em massa de criptomoedas em novos mercados.
“Em 5 de abril, abriremos a plataforma através do acesso NFT Carnaval Genesis Drop, lá eles serão cunhados - um termo que é usado para quando um trabalho é cunhado em alguma criptomoeda - os primeiros 210 trabalhos, que serão os primeiros garantidos em bitcoin, é um marco histórico para a comunidade criptográfica ”, explicou Ansaldi.
Entre os artistas que terão suas obras cunhadas em bitcoin e que podem ser comercializadas através do Carnaval, estão o chileno Fabián Ciraolo, os argentinos Luciano Garbati e Alberto Etchegaray Guevara, e Fira, artista colombiano, entre outros.
“Também estamos trazendo atores tradicionais, como museus e galerias de arte, que terão que se adaptar aos novos tempos”, enfatizou Ansaldi, “há muitas pessoas interessadas em arte e que querem ter uma abordagem mais próxima dos artistas, é nisso que estamos trabalhando no Carnaval, em criando o ecossistema para que isso aconteça e os artistas possam ter mais controle sobre seus trabalhos, protegidos com bitcoin.”
O fato de uma mulher argentina ser a CEO e uma das fundadoras de uma empresa como a Carnaval, sediada nos Estados Unidos e líder de um dos mercados mais desenvolvidos da atualidade, não é pouca coisa. “Tenho orgulho de estar nisso, apenas 3% das mulheres escolhem carreiras ligadas à tecnologia e apenas 7,1% dos cargos executivos em blockchain são ocupados por mulheres”.
Aqueles que estão interessados em entrar no mundo dos NFTs devem saber que a primeira coisa que precisam fazer é abrir uma carteira virtual - aconselha Ansaldi - com ela poderão negociar obras cunhadas em criptomoedas tanto no Carnaval quanto em outros mercados.
“Ainda há muito a ser educado para que as pessoas se familiarizem com o universo das criptomoedas e as obras da NFT. É como quando os smartphones apareceram, a princípio tudo parecia difícil e criptografado, mas o tempo nos fez aprender a usá-los. A mesma coisa vai acontecer com isso, agora parece muito complexo, mas dia a dia a sociedade vai entender melhor”, concluiu Ansaldi.
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