A fim de proteger os muros de Cartagena de danos graves, o advogado Joaquín Torres impôs um recurso legal para que a Direção Marítima Geral (DIMAR) fixasse os olhos neste espaço. De acordo com o que ele argumenta, a falta de controle sobre os barcos na Baía é o que vem gerando a deterioração. O advogado pediu à autoridade que se encarregasse da situação e punisse motoristas que ultrapassassem a velocidade na área.
“A Dimar tem a obrigação, assim como as autoridades de trânsito, de controlar a velocidade dos barcos, há negligência absoluta e negligência no controle da situação, razão pela qual esses barcos viajam pela Baía como se estivessem competindo. Os navios que estão atracados na baía muitas vezes soltam suas âncoras e acidentes foram registrados”, comentou o especialista em depoimentos resgatados pela FM.
O advogado impôs um pedido legal à Dimar para argumentar as considerações dessa entidade. “Se Dimar não responder ao meu pedido legal, em 12 dias eu os processaria para serem ordenados pelo Tribunal Administrativo de Bolívar a ordenar que ele cumprisse sua parte, que é realizar patrulhas permanentes como agentes de trânsito em uma avenida”, disse ele à mesma estação. Foi graças à comunidade do bairro de Manga que eles souberam que alguns barcos estão acelerando na baía de Cartagena. Decidiu-se, assim, solicitar respostas à Direção Marítima Geral.
“Todo barco em alta velocidade deve ser parado, detido e ações drásticas devem ser aplicadas a ele, esses barcos transitam como se estivessem em competição. As paredes estão se desgastando que está ocorrendo lentamente e quando percebemos que se isso não parar, uma parede cai (...) As bases que sustentam os cais de navios como El Club de Pesca e El Club Náutico sofreram danos às bases que os sustentam e muitos dos proprietários de veleiros ancorados nessas docas geralmente sofrem danos”, enfatizou Torres.
Em outras declarações feitas por Torres, recolhidas pelo jornal El Universal, o advogado disse que o que procura, ao lado da comunidade, é que os muros não sejam completamente erodidos. O ideal, ressaltou, é que as bases que sustentam as docas não sejam mais danificadas e para evitar danos aos barcos ancorados no mar. “Da mesma forma, buscamos evitar acidentes”, disse.
“Essa solicitação é motivada pelo fato de que, dia e noite, principalmente barcos a motor e iates viajam em alta velocidade pelas áreas marítimas já relacionadas a ela, gerando ondas altas e muito ruído devido ao aumento das rotações do motor com os efeitos acima mencionados. Quero que os direitos coletivos a um ambiente saudável, patrimônio cultural e histórico, a prevenção de desastres tecnicamente previsíveis, a saúde e segurança públicas e o uso e gozo do espaço público sejam protegidos”, disse o advogado.
Soma-se a isso a controvérsia desencadeada há cerca de um mês, quando os trabalhos preliminares do macroprojeto de Proteção Costeira começaram em Cartagena. Essas obras, de acordo com a comunidade, estariam afetando o patrimônio da cidade. Os cidadãos disseram que a instalação de pedras enormes perto da praia era preocupante.
Alfonso Cabrera, diretor da Divisão de Patrimônio do Instituto de Patrimônio e Cultura de Cartagena (IPCC), Alfonso Cabrera, que atua como secretário do Comitê Técnico do Patrimônio Cultural da Cidade, garantiu que era necessário suspender os trabalhos preliminares na Avenida Santander, “do Monumento dos Mares ao Quebra-Mar das Pinças porque eles estariam atacando o quebra-mar submerso da Marinha.”
“A principal questão é que uma intervenção está sendo feita sem a devida aprovação, pelo Comitê Técnico Cultural do IPCC, é isso que colocamos a cidade em alerta. É nossa obrigação como Comitê dizer que estamos a tempo de que as medidas correspondentes sejam tomadas para não afetar o patrimônio; do Comitê de Patrimônio Técnico sobre algo que ainda não foi totalmente aprovado, os comentários que foram feitos devem ser devidamente corrigidos”, disse Alfonso Cabrera.
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