Reclamações dos pais e da Personería de Cartagena evidenciaram a ração questionável que o Plano de Alimentação Escolar do PAE entregou a várias escolas do distrito. De acordo com as rações, eles teriam enviado apenas uma banana, em alguns casos uma banana verde e um pão; não cumprindo o produto lácteo que eles têm que fornecer às instituições de ensino.
Sobre o não cumprimento, a Secretaria Distrital de Educação de Cartagena indicou que os operadores haviam relatado o não cumprimento um dia antes da entrega, nas horas da noite: “Por e-mail, os operadores informaram, às 22h do dia 15 de março, que não seriam capazes de entregar as rações completas devido a alegados não conformidade com seus fornecedores de produtos lácteos. De acordo com o correio enviado, a Cartagena Express esperava uma carga de 141.000 unidades de leite aromatizado e aveia. Os Filhos de La Heroica planejavam receber um total de 120.000 unidades de laticínios e aveia. Esses produtos foram destinados a atender os dias de 16, 17 e 18 de março em todos os locais educacionais”.
Segundo a entidade, a empresa Andina Milk, teria perdido contato por volta das 6h30 da tarde com o veículo responsável pelo transporte dos laticínios, não deixando assim nenhuma comunicação com o sinal de GPS do veículo.
“A Secretaria Distrital de Educação de Cartagena lamenta e rejeita o aviso tardio dos operadores e lembra que os argumentos expressos não os isentam de decisões administrativas e contratuais aplicadas a eles pelo Distrito no âmbito dos contratos atuais”, assegurou a entidade.
Por sua vez, a Personería assegurou que o incumprimento nas instituições de ensino não era um evento isolado em 16 de março, mas, pelo contrário, aconteceu em outras ocasiões ao longo deste ano: “Nas ilhas não houve entrega da ração durante a semana de 21 a 25 de fevereiro, na semana de 28 para 4 de março algumas rações chegaram em mau estado e na semana de 7 a 11 de março eles não chegaram”, disse a Personera Carmen de Caro Meza.
Devido a essa situação e ao estado da alimentação, várias instituições, como o Nuevo Bosque e a Madre Laura, decidiram não aceitar as rações. Por sua vez, um relatório detalhado da situação está sendo feito para ver quais ações legais devem ser tomadas com os operadores envolvidos nos contratos de alimentação escolar do PAE.
Para mais informações sobre alimentação escolar, até agora neste ano estudantil, em Boyacá, Antioquia, Risaralda, Cundinamarca e Meta, possíveis surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (ETS) foram relatados em refeições entregues pelo Plano de Alimentação Escolar (PAE). O Ministério da Educação Nacional (MEN), por meio de sua Unidade de Alimentos para Aprendizagem (UAPA), e o Ministério da Saúde (MinSalud) estão monitorando casos e alguns dos menores afetados foram submetidos a exames médicos.
Foi detalhado que existem cinco municípios em Boyacá onde foram detectados casos de TEA: Paipa, Sáchica, Belén, Soatá e Socotá. De acordo com os relatórios epidemiológicos emitidos, as causas das infecções foram relacionadas a uma bactéria conhecida como Bacillus Cereus, presente no leite em pó integral Nutralac, que foi fornecido através do PAE.
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