Alguns membros do Centro Democrata pensariam que é hora de Uribe sair da política

O ex-presidente garantiu que continuará na política do país, apesar da diminuição dos assentos conquistados pelo Centro Democrata no Congresso.

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Foto de archivo. El expresidente
Foto de archivo. El expresidente de Colombia Álvaro Uribe habla después de declarar en una audiencia por supuesto fraude y manipulación de testigos en Bogotá, Colombia, 8 de octubre, 2019. REUTERS/Luisa González

Os resultados das eleições para o Congresso da República que ocorreram em 13 de março geraram várias reações no país. Entre estes está o voto que o partido Centro Democrático teve, que é chefiado pelo ex-presidente, Álvaro Uribe Vélez, teve, uma vez que perderam assentos nas eleições legislativas face às eleições realizadas em 2018.

De acordo com os resultados do cartório, com 99,41% das pesquisas contadas, o Centro Democrático conquistou 14 assentos no Senado e 16 na Câmara dos Representantes. Em comparação com os assentos que ocupou em 2018, o partido tinha 20 assentos no Senado e 32 na Câmara, o dobro do que conseguiu nas recentes eleições.

Essa situação também foi agravada pela recente renúncia da presidência do candidato do Centro Democrático, Oscar Iván Zuluaga. O militante garantiu que se retirou da competição eleitoral e que daria seu apoio ao vencedor da consulta presidencial da Equipe para a Colômbia, Federico Gutiérrez.

Esta situação foi alertada pelo jornalista Julio Sánchez Cristo, diante dos microfones da La W Radio, em entrevista a Álvaro Uribe.

O entrevistador disse-lhe que tinha falado com membros do partido e que todos disseram que o ex-presidente “tem feito muito bem para a Colômbia, que você liderou um país que foi chamado a debacle por causa da ordem pública”; no entanto, alguns também apontaram que neste momento a favorabilidade que ele poderia trazer para o Center Democratic não é tanto quanto em outros tempos. “Eles acham que talvez você precise ir mais longe e refletir sobre se deve continuar na política partidária”, acrescentou.

Segundo Julio Sánchez Cristo, os membros do Centro Democrático não ousaram dizer ao ex-senador para se retirar da política e é por isso que o jornalista fez essa pergunta. Diante disso, Uribe respondeu: “Minha luta pela democracia terminará no dia em que Deus extinguir minha vida”.

O ex-presidente explicou que não nasceu “com a vaidade de ser presidente da República” e comentou que cresceu uma casa perto da violência política que ataca a Colômbia. Embora já tenha recebido aqueles comentários que lhe pediram para se retirar, ele disse que ainda existem muitas questões que o preocupam no país, como segurança, tráfico de drogas, microtráfico, fome e até mencionou a polêmica proposta de Gustavo Petro sobre colpensiones.

“Tirar as pensões e fazê-las depender do fundo do Estado e deixar a Argentina acontecer”, alertou Álvaro Uribe com preocupação. Então eles conseguem financiá-lo e quando recebem sua pensão, a inflação já a devorou”.

Em contexto: a polêmica proposta de Gustavo Petro sobre colpensionistas que aqueceram os ânimos nas redes sociais

Essa é uma das muitas razões pelas quais o presidente explicou por que continuará no quadro político do país. Ao mesmo tempo, disse que “não atrapalho e tento fazer as coisas do jeito que elas não atrapalham” e destacou os obstáculos enfrentados pelo Centro Democrata durante a campanha eleitoral no Congresso. O ex-senador já havia alertado anteriormente que eles não conseguiram chegar aos municípios de Catatumbo e outras áreas do país devido à presença de grupos armados à margem da lei.

No que diz respeito à diminuição de assentos no Congresso, Álvaro Uribe garantiu em 15 de março que a principal responsabilidade é ele mesmo, “pelos danos à minha reputação”. O ex-presidente dirigiu essas palavras aos membros do Centro Democrático incentivando-os a “construir e não se tornar bonés que impeçam essa construção”.

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