O subsecretário de Direitos Humanos, Alejandro Encinas, admitiu que o problema da violência contra jornalistas não poderia ser interrompido pelo governo da República. Isso foi relatado durante o Fórum sobre Liberdade de Expressão realizado em 16 de março.
Deve-se acrescentar que atualmente existem as mesmas tendências de violência contra jornalistas em comparação com o governo de Felipe Calderón, onde ocorreram 101 assassinatos de jornalistas, ou no caso de Peña Nieto com 96. Hoje, no governo de López Obrador, há um registro de 56 jornalistas assassinados.
Por outro lado, de acordo com o comunicado do funcionário, 8 beneficiários do mecanismo de proteção de jornalistas já foram mortos.
Diante da situação crítica de violência que os jornalistas estão passando no México (em apenas três meses este ano, 8 repórteres foram assassinados), o subsecretário garantiu que o mecanismo terá que garantir que todas as entidades públicas em seus diferentes níveis contribuam e realizem suas deveres para garantir a prevenção do crime.
Isso ocorre apenas um dia após o assassinato de Armando Linares, que foi tirado a vida em 15 de março em Zitácuaro, Michoacán.
A este respeito, Alejandro Encinas explicou que dois dos membros do meio de comunicação ao qual pertencia o diretor do Monitor Michoacán tinham o mecanismo de proteção; ele afirmou que Armando Linares, que teria sido o terceiro, se recusou a entrar no Mecanismo de Proteção dos Direitos Humanos Defensores e jornalistas e se recusaram a receber apoio do governo estadual.
Por outro lado, os jornalistas garantiram que os pedidos de alerta e ajuda de Armando não foram ouvidos, as autoridades foram omitidas por não fornecerem os mecanismos de proteção necessários para garantir sua integridade. Ele está morto agora.”
Alejandro Encinas enfatizou que em muitas ocasiões o que está em disputa não é apenas o exercício da liberdade de expressão ou o direito de defender os direitos humanos, mas que também há confronto com grupos criminosos e grupos incorporados em instituições públicas, que se tornaram o principal fator de agressão e intolerância contra a mídia e jornalistas.
Assim, segundo informações oficiais, o pior nível de agressões vem principalmente do crime organizado, “não apenas pelo silêncio das vozes, mas também pela disputa e controle de territórios em muitas áreas do território nacional”.
Os assassinatos de jornalistas no México representam atualmente 58% dos assassinatos contra jornalistas ocorridos na América Latina, de acordo com a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
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