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Foi anunciada esta quinta-feira uma mobilização para a decisão repentina do Tribunal Constitucional de permitir a libertação de Alberto Fujimori.

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A protester holds a sign with an image of former president Alberto Fujimori with the word 'Danger' during a march against a possible pardon for Fujimori, who has been serving a 25-year sentence for human rights violations, in Lima, Peru July 7, 2017. REUTERS/Guadalupe Pardo
A protester holds a sign with an image of former president Alberto Fujimori with the word 'Danger' during a march against a possible pardon for Fujimori, who has been serving a 25-year sentence for human rights violations, in Lima, Peru July 7, 2017. REUTERS/Guadalupe Pardo

O coletivo No a Keiko e outras organizações anunciaram uma marcha para quinta-feira às 18h na Plaza San Martín. Dessa forma, procuram fazer com que sua voz de protesto seja ouvida na decisão do Tribunal Constitucional ordenando a restituição do perdão em favor. de Alberto Fujimori.

“Hoje saímos para marchar contra o perdão ilegal. Para aqueles que não estão mais lá e para os parentes dos enlutados que veem a pouca justiça que encontraram tirada”, apontaram nas redes sociais.

Além disso, o coletivo NAK respondeu ao tweet do presidente Pedro Castillo, no qual expressa sua discordância com a decisão do Tribunal Constitucional e apelou para os órgãos de justiça internacional aos quais o Perú está ligado para advertir “o exercício efetivo da justiça para o povo”.

Os ativistas pediram ao presidente que “faça justiça às famílias das vítimas do ditador Fujimori, cancele o perdão”.

LIBERAÇÃO RÁPIDA

O ex-presidente Alberto Fujimori poderá ser libertado na próxima segunda-feira ou terça-feira, quando estiverem concluídos processos judiciais e judiciais para dar cumprimento a uma decisão nesse sentido emitida na quinta-feira pelo Tribunal Constitucional (TC), informou o seu advogado de defesa, Cesar Nakazaki.

“Estimo que, entre segunda ou terça-feira, o juiz de execução criminal já estaria ordenando que o INPE (Instituto Penitenciário Nacional) fosse libertado da prisão”, disse Nakazaki aos jornalistas na quinta-feira.

O advogado explicou que o TC deve oficializar a sua decisão ao juiz supremo de execução criminal, que deve acatar a decisão do mais alto órgão constitucional do país e “dar a ordem da liberdade”.

“O Tribunal Constitucional, com certeza, entre amanhã e segunda-feira deve enviar o cargo, porque é um escritório de liberdade. Deve ser cumprido imediatamente”, disse.

O advogado disse ainda que será a família de Fujimori, com sua filha Keiko no comando, quem coordenará e decidirá onde o ex-presidente vai morar, além de cuidar dos problemas de saúde que vem sofrendo há vários anos. “Amanhã ele estava agendado para atendimento de pneumologia, porque o motivo do perdão humanitário foi por causa de problemas cardiológicos, mas hoje eles foram agravados por problemas pulmonares, ele sofre de fibrose pulmonar, passa quase o dia todo com oxigênio”, explicou.

A DECISÃO DO TC

O TC confirmou na quinta-feira que o voto decisivo do seu presidente, Augusto Ferrero, decidiu a nulidade da decisão judicial que suspendeu o indulto concedido a Fujimori em 2017, após a votação do recurso “habeas corpus” que pedia aquela medida estava empatada por três votos a favor e três contra.

Ferrero usou seu voto decisório, conhecido na mídia jurídica como “voto de qualidade” ou “voto duplo”, e também teve os votos favoráveis de José Luis Sardón e Ernesto Blume, que foi o orador que propôs a aceitação do recurso, enquanto Marianella Ledesma, Eloy Espinosa-Saldaña e Manuel Miranda se opuseram isso.

O TC salientou que o acórdão que declarou a ação judicial fundada “restaura os efeitos da Resolução Suprema 281-2017-JUS de 24 de dezembro de 2017, que concedeu ao queixoso um indulto humanitário, e prevê a sua liberdade” e que os votos dos magistrados “serão publicados no site institucional e notificado em sua oportunidade”.

Desta forma, o tribunal superior declarou que um recurso interposto pelo advogado Gregorio Parco Alarcón contra a decisão do Supremo Tribunal Federal que em 2018 rescindiu o perdão concedido a Fujimori em 24 de dezembro de 2017 pelo então presidente Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018).

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