Susel Paredes: “O salário é o mínimo para os congressistas, o dinheiro estaria nos negociados”

O legislador do Partido Púrpura especulou sobre as ações de alguns membros do Congresso. Ele ressaltou que isso não é algo novo, e vem acontecendo desde a época do regime fujimorista.

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Susel Paredes referiu-se à atual má imagem do Congresso da República, ao qual pertence como legisladora do Partido Púrpura. Ele criticou a falta de consistência de alguns membros do Parlamento que votaram para aprovar a moção de vaga presidencial, mas deu a confiança ao gabinete Aníbal Torres.

“Isso não é consistente. É por isso que temos 82% de aprovação. Peço desculpas às pessoas por tais ações. Porque se vou falar mal do Governo, não lhe dou confiança”, disse o legislador no programa Nada é dito sobre o RPP. O jornalista Jaime Chincha respondeu que talvez os congressistas estejam fazendo isso para cuidar de seus assentos diante de um possível fechamento do Legislativo.

No entanto, Paredes pensa de forma diferente. Ele garantiu que algo sério acontece no Legislativo, e de repente eles a levam à Ética, por revelá-lo, “porque você sempre me coloca em apuros toda vez que venho aqui”, disse ele ao apresentador. Ele ainda comentou: “O salário é o mínimo para os congressistas, e o dinheiro estaria em negociação não comprovada. Por exemplo, se eu apresentar uma lei para evitar que plásticos sejam usados, e eu digo aumentar mais três anos [até entrar em vigor], isso se adequa a um negócio, isso não é verdade. Eu coloquei isso como um exemplo. Mas haveria dinheiro real”, disse.

Em outro exemplo, ele disse que uma universidade pode precisar de uma lei para receber uma segunda ou terceira chance de licenciamento. Uma universidade não necessariamente em Lima, porque pode ser de regiões. “Você acha que 15.000 sóis é o que os faz ficar? Não, então irmão. Ele os faz ficar porque [eles pedem] para me dar uma segunda chance, ou para estender [o prazo] para que eu receba uma segunda chance. Você acha que é grátis? Grátis é apenas leite do peito da sua mãe, todo o resto é comprado de uma forma ou de outra. Quem sabe se eles me levam à ética...”, disse.

Ele reiterou que não é por causa do salário de um deputado de 15.000 soles, mas que o dinheiro está no lobby, porque “eles te dizem por esta lei 100 mil dólares, por essa lei 50 mil dólares, não vote nisso, vá em viagem, peça licença sem ter gostado. Isso não é uma nova invenção. Montesinos deu dinheiro a alguns congressistas para fazer uma viagem à Europa e Susy Díaz recebeu dinheiro para ir a Tacna. Pobre coisa em vez de ir para a Europa...”

Então, para Paredes, não se trata de arrecadar uma quinzena, é por causa do poder que vem de ser deputado, votar contra, votar a favor ou fazer com que os votos não venham. É aí que está o negócio de ser congressista.

SOBRE O DISCURSO DE CASTILLO

Susel Paredes já havia comentado sobre a apresentação de Pedro Castillo no Congresso. “Devo enfatizar que no discurso do presidente ele reconheceu seus erros e fracassos. No entanto, essa autocrítica não será se não tomar decisões e remover ministros que têm sérios problemas de corrupção ou idoneidade, como Saúde e Transportes”.

A este respeito, a legisladora alertou sobre o seu voto esta quarta-feira na interpelação aos ministros Hernán Condori e Angel Ylildefonso (Justiça e Direitos Humanos) que serão questionados pela representação nacional para responder a perguntas sobre os seus esforços.

“Amanhã chegaremos à interpelação, se o presidente não os tirar esta noite, amanhã ouviremos suas respostas. Não acho que sejam satisfatórias, então vamos apresentar moções de censura, é claro”, disse.

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