Procurador do Japão recorre da condenação do ex-executivo da Nissan

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TÓQUIO (AP) — O Ministério Público japonês interpôs recurso nesta quarta-feira contra o julgamento do ex-executivo da Nissan Greg Kelly, que foi recentemente absolvido da maioria das acusações que enfrentou por causa de supostos problemas na declaração do salário de seu ex-chefe Carlos Ghosn.

No início deste mês, o Tribunal Distrital de Tóquio o condenou a uma pena de seis meses de prisão suspensa por três anos. O tribunal considerou que Kelly, que é americana, foi culpada de esconder a remuneração do ex-presidente da empresa automobilística apenas um dos oito anos citados na acusação.

A defesa já recorreu e está pedindo a absolvição total de Kelly.

O Ministério Público disse que examinou se havia motivos para recorrer para os anos de que ele havia sido absolvido. Ele estava pedindo uma sentença de prisão de dois anos.

O caso agora irá para o Supremo Tribunal de Tóquio, que examinará os oito anos da acusação antes do recurso das duas partes.

No Japão, quem recebe pena suspensa não tem obrigação de permanecer no país. No início da semana, Kelly foi recebida no Tennessee pelo senador Bill Hagerty, que apoiou seu caso desde o início.

Kelly trabalhou para a Nissan por três décadas e estava quase aposentado nos Estados Unidos quando foi convocado para participar de uma reunião no Japão em novembro de 2018. Ele foi preso ao mesmo tempo que Ghosn, o ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.

O julgamento de Kelly começou em setembro de 2020. Ghosn não fazia parte do julgamento já que em 2019 violou sua liberdade condicional e fugiu para o Líbano, que não tem tratado de extradição com o Japão.

A Nissan Motor Co., com sede em Yokohama, que fabrica o subcompacto March, o carro elétrico Leaf e os modelos de luxo Infiniti, se declarou culpada no mesmo julgamento, foi multada e não fará parte do recurso.

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Kageyama está no Twitter em https://twitter.com/yurikageyama

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