O presidente Ivan Duque expressa seu apoio à OTAN no enfrentamento da crise migratória na Ucrânia

O presidente revelou que o país é capaz de compartilhar experiências na área de cuidados migratórios para países como Polônia, Romênia e Eslováquia

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Colombian President Ivan Duque speaks after casting his vote during congressional and presidential coalitions elections that will determine which candidates will head to the first round of presidential voting, in Bogota, Colombia March 13, 2022. REUTERS/Luisa Gonzalez
Colombian President Ivan Duque speaks after casting his vote during congressional and presidential coalitions elections that will determine which candidates will head to the first round of presidential voting, in Bogota, Colombia March 13, 2022. REUTERS/Luisa Gonzalez

Na tarde desta terça-feira, 15 de março, o presidente Ivan Duque revelou ter tido uma conversa com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, onde reiterou sua rejeição ao ataque de invasão da Rússia à Ucrânia.

Na convocação, o presidente disponibilizou todo o seu apoio humanitário ao secretário. Além de compartilhar experiências em cuidados migratórios para países como Polônia, Romênia e Eslováquia, até onde milhares de ucranianos chegam hoje em dia fugindo da invasão.

Diante da mídia, o presidente disse: “Estamos apoiando-os em duas questões: Uma muito importante é o desenvolvimento humanitário, o que significa fornecer recursos para assistência humanitária. E dois, como já tínhamos feito com os presidentes da Romênia, Polônia e Eslováquia, também estamos acompanhando as questões de gestão migratória”, disse o presidente.

Estima-se que cerca de 1,7 milhão de pessoas na Venezuela estejam baseadas na Colômbia, o que equivale a aproximadamente 32% de todos os migrantes venezuelanos na América Latina. Com base nessa experiência, o presidente explicou que seu governo “poderia aconselhar sobre questões como cuidados com as fronteiras”.

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Dados da ONU indicam que até o momento mais de três milhões de pessoas deixaram a Ucrânia desde que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou em 24 de fevereiro o início de uma ofensiva militar, as Nações Unidas, consideram este êxodo o mais rápido desde a Segunda Guerra Mundial. “Já temos experiência em cuidados de fronteira, nutrição, atendimento de necessidades, mas também de inclusão, por isso estamos transmitindo esse conhecimento através da OTAN, que é um local de boas práticas”, disse o presidente Iván Duque.

Desde que o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou em 11 de março que a Colômbia seria designada como um país estratégico não aliado da OTAN, o governo nacional enfatizou que esta notícia é um grande apoio às relações bilaterais entre os dois países. Ao que Duque enfatizou que permanecerá em “coordenação constante com eles para que a Colômbia possa oferecer esses serviços neste momento”.

Por sua vez, o secretário-geral da OTAN destacou em sua conta no Twitter que teve uma “boa discussão com o presidente Iván Duque, parceiro da OTAN. Nações com ideias semelhantes se unem para condenar a brutal agressão da Rússia contra a Ucrânia”.

Por fim, o presidente Duque reafirmou que “com o secretário Stoltenberg temos um relacionamento muito bom, sendo a Colômbia o único país da América Latina que é parceiro dessa organização, a pedido dos Estados Unidos”.

A Colômbia, com o status de grande aliado dos Estados Unidos, pesa vários aspectos do ponto de vista de defesa e segurança, pois neste caso poderá acessar diferentes benefícios do desenvolvimento da defesa dos EUA, como acesso prioritário a equipamentos de segurança e, eventualmente, o uso de créditos para a compra ou aluguel de ferramentas de proteção e defesa da nação norte-americana.

O ministro da Defesa, Diego Molano, explicou que uma das vantagens deste anúncio é que a Colômbia terá maior acesso às capacidades militares excedentes que os Estados Unidos possuem, bem como ao empréstimo de equipamentos militares para o desenvolvimento das operações. “Isso significa aprofundar a pesquisa e as atividades tecnológicas nas capacidades de nossas forças públicas, e também aprofundar a capacidade regional da Colômbia de apoiar outros países da região no combate ao narcotráfico e ao terrorismo”, disse.

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