Deputado Muñante pede a saída do ministro Torres por “disparar a boa vontade do presidente”

O legislador questionou o fato de o primeiro-ministro ter revelado a existência de um projeto de lei sobre o avanço das eleições.

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Não demorou muitas horas do discurso do presidente Pedro Castillo, então que do Congresso ouviu o primeiro pedido de renúncia de um dos membros do gabinete. Desta vez, é sobre o premiê Aníbal Torres, de quem o congressista Renovação popular, Alejandro Muñante, criticado por revelar as mudanças feitas no último minuto na mensagem ao Parlamento entregue na tarde de terça-feira,

O que o presidente Castillo prometeu hoje sobre a construção de pontes com a oposição deve ser traduzido em ação. Acho que o primeiro-ministro está criticando a disposição do presidente de concordar com a oposição”, disse o congressista em conversa com o Canal N.

Durante sua mensagem, o presidente da república ressaltou a importância da unidade entre o Executivo e o Poder Legislativo para acabar com as discrepâncias entre os dois ramos. Para o legislador, não parecia certo que o primeiro-ministro Aníbal Torres tivesse revelado seu desejo de apresentar um projeto de lei sobre o avanço das eleições como saída para a crise. Ele indicou que sua declaração é jogar “lenha no fogo”.

Sendo prático, quem deve sair é o Sr. Aníbal Torres da premierate, se o presidente Castillo quer alcançar essa ponte, esse acordo”, ressaltou o parlamentar. “Dissemos desde o início, o fato de Torres ser colocado como premier significa que o Gabinete que ele vai colocar é um Gabinete de Chota, um Gabinete de confronto”, acrescentou.

Para Muñante, a presença de Pedro Castillo no Congresso “tem sido um incentivo para querer esvaziar a vaga presidencial. Isso é óbvio.” No entanto, ele ressaltou que a decisão sobre esta medida deve ser ouvida em 28 de março, conforme planejado. “Consistente com o que propusemos, vamos agir da mesma forma que agimos até hoje. Isso não significa que possamos conversar, concordar em alguns pontos que acreditamos que podem beneficiar toda a população”, frisou.

MUDANÇA DE ÚLTIMA HORA

Houve muitos anúncios do presidente, mas faltou um anúncio que ele decidiu não fazer no último minuto”, foram as palavras que chamaram a atenção da imprensa quando o primeiro-ministro Aníbal Torres comentou a mensagem do presidente Castillo na periferia do governo Palácio.

| Foto: Agência Andina

“Ele me disse: 'Doutor, estamos fazendo uma última tentativa de concertação no Congresso para corrigir essa instabilidade política que existe, é necessária e talvez consigamos chegar a acordos para enfrentar os grandes problemas que o país tem'. anúncio do avanço das eleições gerais. Essa é a verdade”, revelou.

O anúncio chamou a atenção por causa do descontentamento com que as declarações de Torres foram marcadas. Isso, como já foi relatado em linhas anteriores, causou desconforto em alguns congressistas que já avançaram para pedir a saída do primeiro-ministro do gabinete. Recorde-se que há apenas uma semana, Torres ganhou o voto de confiança do parlamento, embora isso só fosse possível com o número mínimo possível, que era 65. 58 foram os congressistas que votaram contra, enquanto 2 decidiram abster-se.

No momento, o futuro do presidente Castillo no cargo está nas mãos dos congressistas, que se reunirão em 28 de março para votar a moção de vaga apresentada contra o presidente.

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