O Gabinete do Provedor de Justiça decidiu sobre o colapso que ocorreu esta manhã no anexo Retamas, localizado no distrito remoto de Parcoy, província de Pataz, nas montanhas da região de Libertad. Em que, até agora, estão registradas oito pessoas desaparecidas, incluindo quatro menores, várias presas e 40 casas enterradas após um deslizamento de colina, segundo as autoridades locais.
Nesse sentido, a partir de sua conta no Twitter, a Ouvidoria afirmou que já se reuniu com membros do Exército peruano, do Indeci, da Polícia Nacional e do Corpo de Bombeiros Voluntários para garantir sua presença na área da emergência.
“Em uma reunião emergencial de deslizamento de terra em Retamas, distrito de Parcoy, província de Pataz, a presença de socorristas do Exército, Indeci, Polícia e Bombeiros está assegurada na área”, disse.
Eles também pediram às instituições públicas e privadas que ajudem as vítimas na área com seus esforços máximos. “Exigimos que as instituições públicas e privadas façam todos os esforços para atender e resgatar as pessoas afetadas. Estaremos monitorando as ações tomadas e que a ajuda humanitária chegue às vítimas”, continuou a Ouvidoria.
Por sua vez, o ministro da Defesa, José Luis Gavidia, que já está próximo à área do colapso, confirmou que cerca de 40 equipes de resgate estão indo para Pataz, além de um batalhão do Exército Huamachuco.
“No momento em que estamos saindo com um grupo de socorristas, há 20 policiais que vão entrar (...) e entrar na área com dois helicópteros. Vou com mais 10 socorristas para Trujillo e de lá posso entrar com outro helicóptero para a área. Vamos entrar com socorristas e médicos para começar a tirar os feridos”, disse na RPP Noticias.
“Praticamente, teremos três helicópteros M17 na área para começar a levar os feridos para Trujillo e entrar em equipes de resgate e médicos, essa é a primeira ação que vamos tomar: equipes de resgate e médicos entram e ficam feridos. Mais tarde, vou me mudar para a área para começar a avaliar a situação”, acrescentou.
COLAPSO EM PATAZ
Deve-se notar que o colapso foi relatado para a média às 8h de hoje, 15 de março. De acordo com as autoridades locais, o destacamento de parte da colina deveu-se ao fato de não possuir uma área adequada para a construção de moradias.
O governador de La Libertad, Manuel Llempén, explicou que a maioria dos habitantes do anexo de Retamas foram salvos de serem enterrados porque já estavam trabalhando.
“Felizmente, isso aconteceu de manhã porque poderíamos dizer que algumas das pessoas que moram lá saíram para trabalhar, mas como vimos as imagens isso é muito trágico e eu já comuniquei com o Presidente da República, que ordenou que o Ministro (da Defesa vá para a área),” ele também disse à RPP Noticias.
O Conselho Regional de La Libertad decidiu avaliar a declaração de emergência no distrito de Pataz, após o início da estação chuvosa que causou o transbordamento do rio Marañón, que atravessa aquela cidade, e destruiu até 4 seções da estrada para Tayabamba e o isolamento de vários aldeias.
Um relatório preliminar estabeleceu que os setores mais afetados e com maior risco iminente para a população, na época, são os desfiladeiros das cidades de El Vado, Vijus e Nimpana, onde há casas próximas, e até mesmo no canal de Marañón. O rio também afetou a estrada principal para Tayabamba.
Da mesma forma, foi estabelecido que, se o problema piorasse, o Governo Nacional seria obrigado a declarar Pataz em estado de emergência e outras localidades vizinhas. No entanto, isso nunca aconteceu.
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